O meu Lobinho, que saudades, era faquir, ah pois era!
Corria-lhe nas veias o sangue e o instinto dos antepassados.
Os seus progenitores foram uma puta duma cadela rafeira, de seu nome Diana, e um machão dum pastor do Alasca de seu nome Laska.
O que é que tal cruzamento de genes haveria de dar?!
Entre outras crias, uma completamente negra, lindíssima, pela qual me apaixonei e que desde logo nomeei Lobo e decidi conservar comigo.
Assim, após o desmame. lá pelo mês de idade, o Lobo acompanhou-nos para a sua nova morada, um modesto andar na Figueirinha, em Oeiras.
Como tanto eu como a minha esposa trabalhávamos o dia todo, o nosso Lobinho ficava sozinho em casa, confinado à cozinha e à marquise, até chegarmos e um de nós o levar numa saudável passeata recheada de brincadeiras e correrias nos terrenos baldios atrás do nosso prédio.
Está bom de ver que o animal tinha que fazer alguma coisa para passar o tempo enquanto aguardava o nosso regresso.
E que bons divertimentos ele arranjava...
Como o reproduzido na foto abaixo, que foi ter um dia atirado ao chão o faqueiro de queijo que estava em cima da bancada e ter andado a brincar com as facas e roído os cabos todos!
Não, não se cortou.
O resultado foi o que se vê:
o faqueiro, que ainda conservo, com os cabos roídos
fotografias © josé antónio • comunicação visual | reprodução proibída
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