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Aquele homem era um duro. Um tronco marmóreo, triângulo de aço, aresta viva, com coração de pedra (-pomes....)
Nunca se arrependia de nada. Fazia questão de ser coerente consigo mesmo e com a sua lógica de bom senso.
Acreditava que todas as decisões que tomara no passado, mesmo que se tivessem revelado erróneas a posteriori, tinham sido as melhores, as certas. Na altura em que as tomara acreditara estar a tomar as correctas decisões. Por isso, nunca se arrependia nem sentia remorso.
Um belo dia de outono dourado, daqueles em que o gelo frio entra pelas frinchas das portas e janelas e os gatos vomitam no sofá e se escondem nos roupeiros, suicidou-se e... não sentiu remorso algum de o ter feito!
"Non!
Rien de rien...
Non !
Je ne regrette rien..."
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