terça-feira, maio 25, 2004

alucinação

Quais os critérios que me permitem distinguir uma ilusão duma alucinação?

Julgo-me num café em Oeiras.
Olho à volta e vejo o snack, o balcão, as mesas e as cadeiras, a torneira de imperial, a televisão, o mata-moscas eléctrico, as pessoas que cá estão.
Sobretudo reparo nas pessoas.
Umas bebem, outras mastigam, outra fumam.
Como posso saber que não estou na superfície da Lua e que estas pessoas que vejo não são na verdade selenitas com corpos-e-espíritos-lagosta, que me rodeiam, e que é uma substância que existe na 'atmosfera' lunar que me faz vê-las como seres humanos?
E que me faz ver uma rocha cinzenta como um balcão e outras rochas como uma cadeira em que me sento e uma mesa na qual apoio um caderno/rocha em que escrevo com a caneta/cratera em letras/poeira?
Como posso estar seguro de que amanhã não vou acordar, olhar o meu reflexo na superfície vidrada da rocha fundida pela explosão atómica e ver os meus tentáculos e pinças, rubros do sol, agitarem-se descontrolados e histéricos ante a revelação de que Deus não existe?
Como posso ter a certeza de que a dor no cú, do hemorroidal vitimado pelas azeitonas d'Elvas, não é afinal a pressão das ovas a quererem ejacular um grito de liberdade?
Talvez sejamos apenas umas reles lagostas selenitas na desova e alucinadas, porra!

O que explicaria muita coisa...

7 comentários:

Anónimo disse...

Eu explico-te:

Uma alucinação é algo que não existe mas tu imaginas que sim. É também chamada de "loucura";

Uma ilusão é algo que existe, mas poe diversas razões tu vez de forma diferente.

No teu caso, como de costume, confundes tudo!... O que te faz vez uma rocha como um balcão ou um tronco cortado como um banco é o que Platão chama "utilidade". A mimese da realidade em relação à forma.

Aprende que eu não vivo sempre!

Bjokas p'rá Isaura que tem de te aturar.

Contra, sempre

Unknown disse...

Treta...

Disseste a mesma coisa por palavras diferentes:
1. A alucinação não existe, é imaginada.
2. A ilusão existe mas vês de forma diferente (através de imagens - imaginação).
3. Assim, a imaginação é uma ilusão, logo...

Aguenta-te com esta!

Anónimo disse...

Está errado. tens de ir aprender lógica (ariistotélica, neste caso, que já tem 2500 anos).

O que tu qures dizer é:

1. A alucinação não existe, é imaginada
2. A ilusão existe mas vês de forma diferente (através de imagens - imaginação)
3. Assim, a alucinação e a ilusão são imaginadas.

Foi precisamente o que eu disse, para além duma série de associações (entre imagem e imaginação) que só na tua "imaginação" é que existem.

Eu dou explicações de lógica aristotélica se quiseres. Por ser para ti, vale uma garrafa de Antíqua por aula - mais o jantar ou o almoço, dependendo das horas.

Contra, sempre

Unknown disse...

Tu é que continuas errado.

Estás a ver APENAS na perspectiva lógica do Aristóteles, que já tem 2500 ANOS.

Não percebeste ainda que a minha lógica é outra, muito mais evoluída. Se usei uma 'espécie' de silogismo (incompleto), foi para te mostrar que era um SILOGISMO que estavas a usar na tua pseudo-argumentação.
Se quiseres, mando-te a formulação completa do raciocínio do teu 1.º comment.

nota: na minha lógica 1+1= (muita coisa ≠ 2) :)

Anónimo disse...

Sim, sim,

Então, continua a "alucinar" com imagens e diz que são "ilusões".

Que tabaco fumas?

...É que no Júlio não têm restrições quanto ao tabagismo... Digo eu!!!...

Contra, Sempre

Unknown disse...

É como eu já disse: os gajos vão safar-se todos e no fim os putos é que vão ser condenados por serem uns ordinários que desencaminham homens sérios, pais de filhos e bons chefes de família...

E quanto a estar amarga, Luísa, apesar de tudo ainda se encontram alguns cubinhos de açúcar para adoçar a vida. É questão de procurar bem e não baixar os braços.
Sobretudo não baixar os braços pois isso é dar/confirmar a vitória aos hipócritas, sacanas, labregos, vendilhões e corruptos que dominam esta anedota chamada Portugal.

Venha daí beber um copo! :)

Unknown disse...

Allô Val, Terra chama!

Este fim-de-semana vou estar fora mas para o outro já estou por cá.
E se não forem sandes de presunto, podem ser caracóis, moelas, pipis, ameijoas, sapateira, qualquer coisa verdadeiramente 'comestível' que justifique o tinto do Redondo.
E se alguém tiver a ousadia de sugerir Mac-qualquer-coisa fica já a saber que eu, Mac, só o da Apple!! :)