Estou com um tremendo apetite para escrever alguma coisa. Apenas não sei o quê. Abri o Blogger e fiquei a olhar para a janela de post sem saber o que fazer.
Acontece-me o mesmo ao olhar para a porta de vidro que tenho aqui ao meu lado direito. Vejo a rua, o dia está cinzento, as nuvens criam um tecto esbranquiçado e brilhante que fere os olhos, os carros estão estacionados no parque privativo da torre ao lado, amontoados de metal, plástico, vidro e borracha, a encher o ego amorfo duns quantos palhaços sem noção do ridículo, quase percebo o mar, que não vejo daqui, lá ao fundo na praia, cinzento como o céu, apetece-me que me façam um broche, imagino as ondas a trazerem até à areia toda a espécie de lixo e porcaria, muita de origem humana, cagalhões a rolarem nos calhaus, talvez a saciarem a fome de algum bicharoco, a essência humana a desfazer-se em merda neste mundo de cornetas gregas sem consciência de o serem, esta porra nunca mais acaba, onde andará Fernão?, será que os beduínos ainda estão junto da mesma árvore?, quem dorme a esta hora do dia são as putas e os chulos, trabalham de noite, os que não trabalham de dia, lavam os corpos com esporra, dizem que torna a pele mais fresca e bela, sem borbulhas, coisas das hormonas, e a conta da luz para pagar, caralho, tenho que trabalhar, quem não trabuca não manduca, quem manduca fica obeso, os obesos são gordos como potes, e esta prosa parece escrita por um esquizofrénico, o sol nunca mais desponta, peguem o toiro pelos cornos, em pontas, toiros bailarinos a dançar em pontas, bardacaca, bardachicha e bardaporra, para não dizer BARDAMERDA!!!
Há dias assim...
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