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Hoje de madrugada, aí pelas 2 h., consultei o site do Instituto de Meteorologia para ter uma ideia do tempo que os manda-chuvas nos reservavam para a passagem de ano, em especial se teríamos chuva.
A informação disponibilizada dizia que ia chover em Lisboa e arredores. O.k., mas será que eles iam acertar?
Desde manhã que o meu gato Pasoca tem andado desaparecido.
É um magnífico exemplar macho (virgem, coitado) de cor negra, com 5 anos.
Habitualmente está deitado em cima do monitor do computador, em cima do livreiro da sala, ou à porta do quarto a miar, a rasgar o ténue filamento que ainda mantém a minha mulher ligada à estabilidade psicológica, levando-a a gritar como uma possessa com o inalcançável e impossível intuito de o fazer calar.
Mas hoje não. Não o via em lado nenhum. Eu sabia que ele tinha que estar cá em casa. Não tem maneira de se pirar, não temos quintal porque vivemos num andar e também não temos portas ou janelas abertas.
Então lembrei-me de episódios passados. A experiência destes 5 anos de convívio, em que temos sido os animais de estimação dele, veio-me à memória.
O Pasoca pode não ser formado em Climatologia ou Meteorologia, mas tem um faro especial para o que está para vir.
Procurei-o. Não foi difícil encontrá-lo (a casa também não é muito grande). Lá estava ele, refundido desde manhã, debaixo da mantinha em cima do sofá (ver foto; aquele altinho da mantinha vermelha é o gajo).
Tenho um gato que sabe que vai chover (mesmo não andando na rua). Esta é a atitude típica dele. Ele lá saberá como adivinha o tempo. Talvez consiga farejar a chuva. O que é certo, e já o constatei muitas vezes, é que quando está para chover, o fulano enfia-se debaixo da mantinha ou, em alternativa, refunde-se dentro dos roupeiros.
Afinal, para que preciso eu do site do Instituto de Meteorologia? Basta-me olhar para o Pasoca para saber se vai chover ou não!
nota: para confirmar o que digo, ainda há pouco começou a chuviscar cá no burgo.
foto: © josé antónio, 2005 (ainda em...)