sábado, outubro 09, 2004

sebo e choco


Tentou por todos os meios convencê-lo. Afinal estavam juntos já há tanto tempo, cerca de duas semanas, que até parecia mal não o fazerem. Todos os vizinhos das barracas à volta o faziam, que as vizinhas bem lhe contavam. Contavam-lhe e perguntavam-lhe como era com ela e o gajo. Começou até a sentir vergonha!

Insinuou-se de todas as formas e feitios. Cozinhou-lhe os petiscos que ele adorava para o seduzir, mas não houve meio. Cozinhou-lhe, é uma maneira de dizer. Mandava os putos roubarem latas de polvo de caldeirada ou atum de escabeche no Pingo Doce. Afinal, é para isso que uma gaja tem filhos, para sustentarem a família.
Mesmo à noite, após a janta, depois de ele já ter bebido duas garrafas de vinho, mesmo quando ele demonstrava uma forte apetência e excitação, mesmo quando consumavam o acto, nada.

Chegou até a lavar-se. Tirou as badalhocas do cu, pensava que fosse por isso. Gastou quase meia barra de sabão-macaco para se esfregar, mas não. Nem assim o convenceu.
E ela sabia que ele tinha razão.

Porque, depois da lavagem, passou a mão e sentiu a razão da queixa dele para se recusar a praticá-lo. Ela tinha efectivamente aquele típico cheiro a sebo retardado misturado com cheiro a choco frito entranhado nas virilhas.
Desistiu. E um dia morreu. Sem nunca ter conhecido o prazer do cunnilingus!

Talvez por nunca se ter cruzado com um tipo, que não conheço, mas de quem um amigo meu me falava há dias...

2 comentários:

Anónimo disse...

Eh, Zé,

Apanhaste um gajo que até lê a Rebelo Pinto!!!...

'Tás a descer no nível do teu eleitorado!

Val

Unknown disse...

Ói Val:

Sabes, é que estou a pensar candidatar-me ao Parlamento Europeu e preciso dos votos todos.

Só não dou é beijos...

Abraço,